Melhor Diversidade de filmes desta Nova Década
O Oscar nesta última edição nos premiou com uma das melhores
safras de filmes desta nova década. Os temas das produções beiraram entre o
enobrecimento patriótico americano como Argo e o sofrimento humano como Os
Miseráveis.
85° Oscar era considerado por muitos críticos o mais
imprevisível dos últimos tempos, muito pelo filme Argo de Ben Affleck, que
acabou não sendo indicado como o melhor diretor, mas foi mencionado
como melhor filme, entretanto no mesmo ele ganhou em outras premiações como Globo
de Ouro. Com este fato, estava em aberta quem levaria a estatueta nestas
categorias. Este ano também tiveram destaques e recordes como no caso de Quvenzhané
Wallis e Emmanuelle Riva que se destacam em seus filmes e foram a mais nova e a
mais velha atriz indicadas ao Oscar respectivamente. Além de grandes
coreografias, canções (Adele maravilhosa) e homenagens, enfim uma noite
glamorosa como o Oscar deve ser.
Análise das principais categorias do Oscar.
Melhor Roteiro
Adaptado:
A disputa era muito boa tínhamos um roteiro comovente de
Indomável Sonhadora, um guião mais histórico do que biográfico de Lincoln, mas
acabou ganhando o roteiro de estrutura
clássica dos filmes americanos de Argo, só considero indispensável as
indicações de Aventuras de Pi e o roteiro cheio de clichê de O
Lado Bom da Vida.
Melhor Roteiro
Original:
Este era certeza que o prêmio seria de Quentin Tarantino no seu incrível
roteiro explotation apesar de considerar que Amor e Voo serem de uma compaixão
e ternura humana pouco vista no cinema.
Melhor Filme de
Língua Estrangeira:
O favorito ganhou, como a maior justiça, contudo, a torcida
estava para o filme chileno “No” em sua estrutura comercial reflexiva.
Melhor Filme de
Animação:
A Justiça não foi feita na categoria, claro que todos em
média estão muito bons, mas Detona Raph, consegue emocionar gerações.
Melhor Atriz
Coadjuvante:
Mais que merecido o prêmio para Anne Hathaway na sua
belíssima atuação como Fantine em Os Miseráveis (o melhor aspecto do filme), a
outras indicadas estão muitos bens em seus papéis, tirando a sofrível
interpretação de Sally Field por Lincoln
Melhor Ator
Coadjuvante:
A Categoria mais brilhante da noite, todos os indicados pelo
menos tinham ganhado uma estatueta e além do mais todos eram talentosos em seus
papéis antecessores como os atuais. O Christoph Waltz acabou ganhando apesar de
considerar Robert De Niro tradicionalmente muito bem no papel.
Melhor Atriz
A queridinha hollywoodiana e grande atriz Jennifer Lawrence
venceu nesta categoria com sua personagem Tiffany que lhe caiu como luva, porém
as que mais se destacaram foram a grande atriz Emmanuelle Riva em sua proeza,
delicadeza e sutileza interpretativa e a grande surpresa Quvenzhané Wallis.
Naomi Watts consegue salvar o filme O Impossível com seu papel, apenas não
entendido a indicação da inexpressiva Jessica Chastain por A Hora Mais Escura.
Melhor Ator:
Daniel Day-Lewis fez história, ao receber o merecido prêmio
de melhor ator por Lincoln ele se tornou o único a ganhar três estatuetas nesta
categoria, as outras premiações vieram com Meu Pé de Laranja e Sangue Negro. Em
total mergulho com o personagem ele nos fez acreditar, por mais de 2 horas e
meia de projeção que estávamos vendo Lincoln em nossas frentes. Menções Honrosas
para o sempre bom Denzel Washington e o incrível Joaquin Phoenix.
Melhor Direção:
Em todas outras premiações de cinema nos Estados Unidos como
Globo de Ouro, SAG (Premiação do sindicato dos atores) e outros Ben Affleck ganhou
como melhor diretor, mas como não estava na disputa esse ano. Esta categoria
estava imprevisível, podendo ser Steven Spielberg por sua direção delicada ou
Michael Haneke por sua condução tão humanista e cativante sendo Benh Zeitlin
por Indomável Sonhadora e David O. Russell por O Lado Bom da Vida as zebras.
Entretanto academia preferiu prestigiar o diretor que escolher priorizar a
parte técnica e estética (muito belo por sinal) em oposição ao um conteúdo
confuso e fora da realidade. Ang Lee pela segunda vez leva o prêmio.
Melhor Filme:
Para esta premiação tínhamos boas produções que eram
concorrentes diretos ao prêmio.
A Hora mais Escura era o filme mais fraco dentre os
indicados, principalmente pelo seu primeiro ato confuso e extenso. O Lado Bom
da Vida se mantém com boas atuações e algumas situações engraçadas, mas seu roteiro é
previsível e cheio de clichês certamente não levaria. Lincoln era favorito até
Argo ganhar todas outras premiações como melhor filme, mas ganhou fôlego por
causa da falta da indicação de Ben Affleck como melhor diretor. Aventuras de Pi é de uma beleza
estética primorosa, mas de um roteiro pouco consistente, seria favorito alguns
anos, mas depois de Avatar em 2010 não apostaria na obra para vencer. Os Miseráveis seria
favorito se não fosse pela direção pesada de Tom Haper. Amor e Indomável
Sonhadora são os filmes mais cativantes do Oscar, mas o primeiro filme já sido
premiado e o posterior só em ser indicado já era uma vitória. Django Livre com
sua inovação genial seria o grande vencedor nesta disputa, mas a academia não
costuma premiar estes tipos de filme. Então Argo que soube muito bem aprimorar
a narrativa clássica do jeito de fazer filme Americano, aliado a mensagem de patriotismo
leva o prêmio de melhor filme.
Contudo mesmo alguns filmes que foram esquecidos pela
academia como As Vantagens de Ser Invisível, Os Intocáveis e até Batman - O
Cavalheiro das Trevas Ressurge, considero um avanço na academia em questão de qualidade
cinematográfica, pois penso que os filmes americanos e sua indústria estão
buscando um mercado no qual eles poucos faziam parte os filmes de arte, espero que
eles continuem assim.